Dessa vez não adiantou os torcedores do Galo acreditarem.
Enfrentando o Raja Casablanca, o natural para (quase)todos era um atropelamento atleticano, ou pelo menos, uma vitória sem grandes sustos. Porém, o campeão marroquino mostrou futebol. Jogou no erro do Atlético, apostou nos contra-ataques e já no primeiro tempo teve as melhores chances de gol.
No segundo tempo, o panorama não mudou. O Raja continuava perigoso, e o Galo seguia fora de sintonia. O Raja via em Lucas Candido a brecha que precisava, e aos 5 minutos Iajour disparou pelo buraco da lateral esquerda atleticana, bateu firme no canto e fez o primeiro gol. Festa em Marrakesh. Poucos minutos depois, o Raja fez o segundo, mas o gol foi anulado. O Galo passava por momentos assustadores. Aos 17 veio um alento, Ronaldinho, até então sumido, bateu falta com precisão e empatou a peleja. Tudo que o Atlético precisava, a confiança voltava, e muitos minutos a serem jogados. Mas nem assim o Atlético conseguiu ser superior na partida, nenhuma finalização. O Raja sempre em velocidade assustava a defesa adversária, que se comportava de maneira lamentável. Aos 37 minutos veio o golpe fundamental, Iajour carregou, jogou a bola na frente de Réver, que cometeu o pênalti, por sinal mal marcado pelo árbitro. Dessa vez o São Victor não operou milagre, Moutouali deslocou e levou o estádio ao êxtase. Sem reação, o Atlético ainda sofreu mais um gol aos 47 minutos, após linda jogada, que contou com caneta e cavadinha. Mabide matou o Galo.
O futebol brasileiro foi derrotado nas semi-finais, como ocorreu com o Inter em 2010.
E os brasileiros mais uma vez foram alertados de que é possível existir futebol em outros lugares, que não sejam na Europa e no Brasil. É possível ter uma equipe de qualidade em outros lugares. Entretanto, isso não servirá de lição, e ainda veremos brasileiros que não respeitam seus adversários.